The clashes of time in a casted scent 1#, 2#, 3#
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A experiência sensorial que aqui se oferece, através do incenso em combustão
moldado numa forma específica, resulta de uma investigação em torno da
combinação dos aspectos materiais e espirituais comuns a vários tempos e
geografias, e a diferentes culturas e crenças. O que de novo se propõe é a conciliação,
por um lado, de uma visão materialista da convivência pacificada com as coisas
materiais com, por outro, as aspirações a estados existenciais excepcionais
(“para além de”). O incenso produzido representa o culminar da busca de uma
fórmula genérica para a mistura de materiais (como a madeira, o carvão, o
incenso e os óleos essenciais), de modo a que sejam fundidos todos os tempos e todos
os espaços num só.
A experiência olfactiva — atingida através da revelação dos aromas do incenso — depende da destruição pela combustão da forma com que se apresenta o incenso, que se metamorfoseará até desaparecer no decorrer do tempo expositivo. É pelo olfacto que a experiência remeterá para uma lembrança, ao mesmo tempo, familiar (ou ligeiramente reconhecível) e inquietante (ou nómada, já que não se encontra facilmente uma imagem que se lhe corresponda, como se a lembrança não se ancorasse nem num tempo nem num espaço que se tenha anteriormente vivido). Este estado de suspensão é o ponto de partida para ocasionar um momento de reunião, sugerido pela partilha de algo em comum.
— A primeira versão deste trabalho, “The clash of time in a casted scent”, foi apresentada em 2014 na exposição A boca do inferno, Sismógrafo, Porto.
A segunda, em 2015 na exposição Louro e bambu, no CAAA, em Guimarães.
A terceira, em 2021 na exposição Liga/2., na Zaratan, Lisboa.
A experiência olfactiva — atingida através da revelação dos aromas do incenso — depende da destruição pela combustão da forma com que se apresenta o incenso, que se metamorfoseará até desaparecer no decorrer do tempo expositivo. É pelo olfacto que a experiência remeterá para uma lembrança, ao mesmo tempo, familiar (ou ligeiramente reconhecível) e inquietante (ou nómada, já que não se encontra facilmente uma imagem que se lhe corresponda, como se a lembrança não se ancorasse nem num tempo nem num espaço que se tenha anteriormente vivido). Este estado de suspensão é o ponto de partida para ocasionar um momento de reunião, sugerido pela partilha de algo em comum.
— A primeira versão deste trabalho, “The clash of time in a casted scent”, foi apresentada em 2014 na exposição A boca do inferno, Sismógrafo, Porto.
A segunda, em 2015 na exposição Louro e bambu, no CAAA, em Guimarães.
A terceira, em 2021 na exposição Liga/2., na Zaratan, Lisboa.
2021
2015
2014
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